O Aluno
Tradução: Marcos, Ana Lúcia, Tânia e Mariane
Gosto das manhãs de verão
Que as aves cantam nas árvores,
Distante o caçador toca sua buzina
E canta comigo a cotovia.
Oh, que bela companhia!
Mas ir à escola numa manhã de verão,
Oh! Destrói todo o contentamento;
Sob olhares cruéis e ultrapassados,
Gastam o tempo os pequenos
Em suspiros consternados.
Ah! Às vezes sento curvado,
E vejo longas horas passar,
Nem em meus livros sinto agrado,
Nem à sombra do conhecimento ficar,
E a chuva monótona me esgotar
Pode um pássaro que nasceu para alegrar
Estar em uma gaiola e cantar?
Como uma criança, quando o medo ameaçar
Pender suas tenras asas
E esquecer sua primaveril juventude
Oh!, Pai e mãe, se é cortado o botão,
Soprados florescerão ao longe
Se tenras plantas destituídas são
Por tristezas e consternação
Da alegria de um dia primaveril,
Como poderá o verão alegre chegar
Ou seu fruto aparecer?
Ou como juntaremos o que o pesar destrói,
Ou pelo ano tranqüilo graças dar,
Quando o vento do inverno soprar?